Deitada em sua cama, com suas lagrimas caindo talvez fosse mais fácil se aquela musica não começasse tocar, chorando como uma criança quando pisam no seu pé. Ou no seu coração.
São tantas coisas que fizeram com que chegasse até aqui, uma visão opaca, obscura de tudo que deveria, ou não, lembrar com nitidez. Tudo bem se não deu certo, são tantos caminhos que você poderia escolher tantas portas, por que pegaria a mais difícil, a curva mais sinuosa, é mais fácil ir pelo caminho mais curto.
Ela se senta na cama, tudo é tão seu entre aquelas quatro paredes menos o coração. Um coração vazio que bate sem muitas razões. É como um artefato guardado a sete chaves, mas com poderes mágicos, louco para sair da sua caixa de pandora, cansado daquele corpo que conhece tão bem e que já não lhe aquece o suficiente. Os sentimentos nem sempre são fáceis de sentir, é difícil pintar um sorriso e dizer a todos que você vai ficar bem, mais uma vez.
Então ela se recompõe “tudo passa” já diziam os otimistas, mas seu coração de poeta sabe que algumas coisas permanecem, a alma machucada da espaço a feição harmoniosa quase um sinal de alegria e ela volta a representar seu papel.
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