Eu estava pensando, onde será que anda o romantismo? Pelo amor de Deus, não me digam que ele não existe mais e que vou ter que desistir de todos os meus sonhos piegas. Definitivamente não dá mais para bancar a super- heroína moderna, estou tão cansada de ser aquela que não tá nem ai para os relacionamentos sérios, compromissados! Estou pronta para incorporar a paleontóloga e escavar até onde for preciso para encontrar aquele amor romântico.
Reinventamos o verbo “ficar” e somos nós que ficamos na mão. Quero de volta o rubor na face de quem me deseja, reconhecer um brilho diferente no olhar do outro quando estes com os meus se cruzam, o meu eu - afetuosa esta cansado de ser massacrado pela superficialidade das relações que me cercam. Quero andar de mãos dadas e sentir o nervoso antes do beijo de uma pessoa especial. Quero alguém que me dê flores, que seja amigo, que me escute e não queira apenas fazer sexo. Eu quero mais.
A folia da micareta não faz sentido no mundo. Não quero nada moderno ou conturbado como Caio. Quero o sofrimento do Werther, de Goethe, que se mata em nome de uma paixão inconcebível. Ou da Isolda, de Wagner, que ao encontrar seu Tristão morto, sucumbe à morte por tristeza, pois não suportaria a vida sem o teu verdadeiro amor.
O fato é que tem dias que acordamos assim, querendo amar demais, morrer por amor. Ter o que sentir na alma, na carne, na vida offline. Não quero mudar um status de relacionamento nas redes sociais das quais participo, quero sentir de verdade, aquele velho amor romântico de Camões “ que ardia sem ver, que doía sem doer, nunca contentava-se de contente e ganhava ao se perder”.
Ele não acabou creia nisso.
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