segunda-feira, 16 de maio de 2011

Eu, ser humano egoísta

Sempre ando distraída com meus “problemas” que não tem fim ou com o azul do céu que de uma forma encantadora se destaca com o brilho amarelo do sol. Por vezes me distraio com a chuva que esta para cair e que certamente irá me encharcar no caminho para a faculdade ou na volta para casa. É nessa hora que parada no sinal aquela criança de no Maximo dez anos chama minha atenção, e a minha consciência pesa, abre um buraco no estomago e um nó na garganta. De repente essa única criança vira centenas e corroem meu coração que com a pressa do dia a dia não vê tanta injustiça espalhada por ai, então uma vergonha também passa a se fazer presente, vergonha de ter tanto, ao mesmo um tanto significativamente superior ao que aquela pobre criança tem.

Me pergunto se há uma saída para tanta desigualdade, historia antiga e já saturada nesse velho mundo, mas que ninguém se importa de verdade e que quem poderia fazer algo finge fazer apenas para continuar no poder se gabando e deleitando-se com seus milhões, fruto da miséria alheia. É mazela demais disseminada por ai, é tanto pai de família lutando para alimentar seus filhos, criança na rua sem uma casa pra chamar de sua, sem estudo, sem mãe ( o que seria de mim, sem a minha mãe). Fala-se tanto em políticas sociais, instrução ao invés de coerção, mas é tudo tão vago, é tudo sem pratica, onde está a pratica? Ah, de certo que esta nas mansões de não sei quantos mil metros quadrados, nas viagens internacionais, nas compras exageradas...

Então o sinal fica verde, buzinas começam a soar exacerbadamente e eu sigo meu caminho, voltando pra minha vida habitual, onde meus problemas são intensos demais para que eu consiga superá-los. Certamente nas próximas horas a imagem daquele menino e a descrença nessa igualdade ainda povoaram meus pensamentos, no entanto no decorrer do dia eles ficaram para trás, são tantas coisas sobre mim, como perder meu tempo com isso, não?! E assim eu volto para o meu eu egoísta, esperando uma nova parada no sinal para me sentir mais humana e agradecer um pouco mais pela vida que tenho.

"Dean: Os Humanos quando querem muito uma coisa eles mentem.
Castiel: Por quê?
Dean: Porque é assim que eles se tornam presidentes."
(supernatural, S5E03)

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