sexta-feira, 20 de maio de 2011

Parabólica

 
Explicita por natureza, não preciso de grandes atos, pois ser já me é muito difícil. Tenho medo quando no verão o sol queima minha pele e o vento fresco sopra em meu rosto, o céu azul e o brilho do sol iluminando tudo, pois sei que nada tão bonito dura para sempre. Sou adepta dos dias frios, em que debaixo do coberto me aqueço e ali encontro segurança.
  A cada tropeço me acerto, um tanto torta, mas nada que não tenha jeito. Levo um sorriso no rosto, sincero, até nos dias mais difíceis insiste em aparecer para cobrir as marcas das lágrimas de alguém que tanto busca a felicidade. Me invento, reinvento. Vaidosa, mas fujo do salto alto, adepta declarada do bom e velho moletom. Sempre passo a primeira impressão errada. Alguns declaram que a brutalidade é predicado inerente a mim, no entanto a menina meiga se esconde, esperando que alguém merecedor do carinho guardado venha buscar o que lhe é de direito. Ansiedade e insegurança é como marca de nascença, os arrependimentos de cada ato impensado e totalmente atrapalhado. Escritora nas horas vagas, um refugio encontrado, um achado que alivia a alma, na angustia da dor ou na euforia de uma realização.
  Tantos sonhos acumulados, tanto medo de jamais realizá-los. Cada amor é como se fosse o ultimo. Intenso, porém inadequado para o coração, que após cada bofetada se estraçalha e vejam só, mais uma vez ali sozinha, brincando de quebra-cabeça com os pedaços. Sonhando com o amor bolinho de chuva, combinação perfeita de açúcar e canela. Sem religião, tenho fé de sobra, embora ás vezes descrente duvido de tudo.” Dias de luta, dias de glória”.
  Sem tempo para o meio termo, é ou não é, gosto ou não gosto, ou você entra no jogo comigo ou nada, estará fora para sempre. Sim, sou chata e teimosa, mas mais teimoso ainda é quem teima comigo. E assim vou levando a vida, fazendo minha historia, atuando como protagonista e outras como mera figurante. Sem mais, sou isso, nua e crua, arriscando cada segundo para valer a pena, pois se nada der certo, talvez no fim seja só você recolhendo os cacos e se preparando para uma coisa melhor.

" sou a parabólica dos Engenheiros,
cruzando paralelos,
esperando ser a prenda de alguém, esperando por alguém,
assistindo pela janela a vida real que me espera,
ali parada, olhando para o nada,
parecida paraguaia,cruzando paralelos,
 esperando os melhores momentos, completamente
paranóica."

Um comentário:

  1. BEM BACANA. CONFESSO QUE ADORARIA CONHECÊ-LA MELHOR.

    Ass. JOSÉ MÁRCIO
    =Advogado=

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