segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desculpa, mas eu te amo II



Eu tremia, tomei um café e deixei a xícara na mesa de centro, sentei na cadeira na varanda e olhei pro nada, fumei um cigarro tentando relaxar, era de mais pra mim, coração imaturo, iniciante...
Aquilo não tinha sido nada, nada que eu não queria fazer de novo.  Era paixão desenfreada dessas que arrastam tudo e não deixam nada. Nada além de um coração ensopado de desejo, angústia, euforia e medo.
Aquela pele de pêssego, sorriso malicioso de quem queria ganhar o mundo, de quem colocaria qualquer homem no bolso, ela sabia que podia. Ela sabia que podia me ter nas mãos e desvendar os meus segredos. Foi um sopro, seria um anjo? Eu não sei amar, eu não sei amar. Não era tempo, mas não havia tempo, eu menino, tropeçando nesse desespero, no infortunio de estar apaixonado, saí correndo, não cabia dentro de mim e bati em sua porta: desculpe, mas eu te amo.

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